História

HERÁLDICA DE SANFINS (FEIRA)

(Suposta a Lei nº 53/91, de 7 de Agosto)

1. BRASÃO DE ARMAS
O brasão de armas compõe-se dos seguintes elementos: escudo, coroa mural e listel.

1.1. ESCUDO. SUA COMPOSIÇÃO.
O escudo é liso e com fundo de cor verde. Tem as seguintes peças:
1.1.1. Fixas:
A silhueta do Castelo da Feira, em ponta, a cor cinza (ou negra).
1.1.2. Móveis:
São Fins1 , ao coração, com túnica azul, manto vermelho e elementos da sua cor;
Sol, a ouro, em chefe e seu centro;
Rio, a prata, subjacente a São Fins, com três confluentes, dispersos pelo campo do escudo, descaindo do chefe para a ponta.

1.2. ESCUDO. SUA LEITURA.
1.2.1. O campo liso de cor verde, significa a cor dominante do território de Sanfins: o verde escuro das matas, na parte alta, a nosdeste, e o verde esmeralda dos campos cultivados, nas planícies do centro e ocidente.
Porém, as duas tonalidades naturais do verde serão representadas no campo do escudo por um único esmalte – o verde -, de acordo com a simbologia heráldica.
1.2.2. São Fins, está representado conforme a imagem que se venera na igreja de Sanfins, tendo por elementos iconográficos o azul da túnica; o vermelho de mártir na capa e ainda com a sua espada e o seu livro.
Significa a raiz do próprio topónimo de Sanfins e do seu padroeiro de sempre. É a principal peça do escudo.
1.2.3. O sol radiante, a ouro, (com raios alternados direitos e ondeados), significa o aglomerado populacional e humano da freguesia de Sanfins, ou seja, todos e cada um dos sanfinenses.
1.2.4. O Castelo da Feira, a negro, significa uma referência geográfica, exterior a Sanfins, enquanto símbolo do antigo burgo da Feira e actual cidade de Santa Maria da Feira, sede do concelho.
1.2.5. O rio, a prata, com três afluentes, significa o rio Caster, que nasce em três fontes de Sanfins, discorre para a Feira e determina e especifica Sanfins como de «SOBRE A FEIRA», sua designação original, comprovada historicamente e confirmada geograficamente.

1.3. COROA MURAL
A coroa mural do brasão de armas de Sanfins é de prata com três torres aparentes, por ser uma freguesia com sede em povoações simples.

1.4. LISTEL
O listel, a branco, colocado sob o escudo, com os dizeres: “SANFINS”. (Cfr. Artº 14, da lei citada)

2. BANDEIRA.
A bandeira (bandeira-estandarte) tem a forma de um quadrado de um metro de lado. É um tecido de seda, bordado, debruado por um cordão de cor verde, sendo as extremidades rematadas por borlas a verde, as quais servem para dar laçadas na haste.
A haste e a lança são de metal dourado.
O estandarte enfia na haste por uma bainha denticulada; e na vareta horizontal, que o mantém desfraldado, por uma bainha contínua.
A bandeira (estandarte) é esquartelada, tendo no primeiro e terceiro quartel a cor verde; e no segundo e quarto quartel a cor amarela.
As cores da bandeira são o verde e o amarelo (ouro), advindas do verde do campo do escudo e do ouro do sol.

3. SELO.
O selo será circular, tendo ao centro a representação das peças do escudo de armas, sem indicação dos esmaltes, e em volta, entre dois filetes, a denominação: “FREGUESIA DE SANFINS”.

1 – O padroeiro de Sanfins, no escudo, sempre será referido como São Fins, em vez de São Félix; a forma popular, em vez da forma erudita.

Sanfins, 6 de Julho de 1992

Esquema das diversas peças heráldicas a integrar no campo do brasão, indicado pelo Pe. José Alves de Pinho, ele foi materializado pelo designer Joaquim Carneiro do modo que acima se apresenta. O campo do brasão seguindo de perto as informações do estudo na disposição dos símbolos e as cores da bandeira (sangue e honra) alternando na bandeira quadripartida, para nós «leigos na matéria», eram belos e significativos.
Só que este desenho, por mais belo que fosse, não foi aprovado porque o escudo não é uma paisagem pintada, mas um código de sinais – peças heráldicas com o seu próprio formato, linguagem e significado.
Daí que, interpretando o estudo feito, a comissão nacional de heráldica representou-o do modo como o temos. Não deixa de ser um feliz e equilibrado conjunto, com o qual nos regozijamos!

A forma oficial do brasão de Sanfins, retirado de um modelo em tecido, debruado para se fixar.